Por Altamiro Borges
Em artigo nesta semana no jornal
O Globo, Merval Pereira, o “imortal” da Academia Brasileira de Letras, voltou a
demonstrar que não é tão imortal assim. Ele tem medo – lembra até a Regina
Duarte. O seu maior temor na atualidade parece ser com o avanço do debate sobre
a regulação da mídia na América Latina. Para ele, tudo não passa de um atentado
à liberdade de imprensa.
No panfleto, ele critica os
governos democraticamente eleitos na região. Ou seja: ele também tem medo da
democracia, do voto popular. Hugo Chávez (Venezuela), Rafael Correa (Equador) e
Cristina Kirchner (Argentina) expressariam a “tentativa de governos
autoritários ou ditaduras de conter a liberdade de expressão”. Eleito no chá
das cinco da ABL, o “imortal” dá lições de democracia!
Sobrou até para o cordato governo Dilma
De quebra, ele também ataca o
cordato governo brasileiro. “No Brasil – uma democracia que se distancia das
práticas de outros países como a Argentina, mas que está próxima politicamente
de todos esses governos autoritários da região –, há tentativas de controle da
liberdade de imprensa por ações propostas por setores petistas, até o momento
rejeitadas por Dilma Rousseff”.
O novo “pânico” do imortal
decorre de dois fatos recentes: o sigilo sobre a doença de Hugo Chávez e o
“perdão” de Rafael Correa aos serviçais do jornal golpista “El Universo”,
condenados por calúnia. Para o colunista da famiglia Marinho, estes fatos
revelam a carência de democracia. Ele até ligou para “amigos” em Miami para
obter informações sobre a saúde do presidente venezuelano.
O “imortal” esqueceu a Colômbia
O interessante é que o artigo,
tão preocupado com a liberdade de expressão, não fala nada sobre a Colômbia,
país recordista em assassinatos de jornalistas na América Latina. Também não
cita o México, onde virou moda o sumiço de blogueiros. Isto confirma que o
“imortal” Merval Pereira tem medo apenas dos governos mais à esquerda. Ele
adora os governos de direita!
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