Diante de ameaças de agressão, segurança do Carrefour teria
dito: “Negra desgraçada, eu vou quebrar a sua cara!”
O carrefour é reincidente, em 2009 um homem negro foi
espancado na unidade de Osasco da multinacional francesa. Boicote ao Carrefour,
corporação racista!
Radioagência NP
A enfermeira Sonia Maria Lofredo abriu representação criminal
contra o Carrefour, nesta terça-feira (06). Ela afirma ter sofrido ofensas
raciais depois de tentar trocar um aparelho telefônico com defeito. O fato
ocorreu na loja que funciona no Shopping Eldorado, na cidade de São Paulo.
Por ter o pedido negado, a enfermeira atirou o aparelho
contra o chão e se retirou. Ela relata que o gesto fez a vendedora dizer “a
nega está maluca”. Ao perceber a ofensa, Sonia retornou e espalhou no ar os
panfletos de publicidade da loja. Um dos agentes de segurança se aproximou e
deu início aos constrangimentos.
“Ele falava baixo, tomando cuidado para que os outros não
ouçam: ‘sua negra desgraçada, eu vou quebrar a sua cara!’ E dava socos no ar,
que passavam a milímetros do meu rosto. Aí, eu peguei o meu filho, subi as
escadas rolantes e fui seguida por seguranças por três lances de escada até que
eles me obrigaram a ir para uma salinha.”
Sônia estava acompanhada pelos filhos de 10 e 12 anos e um
amigo das crianças, e teve de esperar na salinha até a chegada da Polícia. Como
se recusou a entrar na viatura com os menores, foi escoltada até em casa e de
lá seguiu para a delegacia sob a acusação de ter agredido uma funcionária.
Sonia revela que, não tendo provas que sustentassem a
acusação, representantes do Carrefour decidiram não registrar ocorrência.
“Sendo negro, você já está acostumado a ouvir coisas do tipo
‘neguinha’. Agora, quando isso passa a permear suas relações de consumo, quando
você deixa de ir a determinados lugares por receio de sofrer violência pela tua
cor, é sinal de que a gente está vivendo numa sociedade sectária.”
Segundo o advogado Dojival Vieira, o caso – ocorrido em 13 de
janeiro – foi registrado como suspeita de ameaça, injúria racial,
constrangimento ilegal, violação de dois artigos do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), denunciação caluniosa e falsa comunicação de crime.
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