segunda-feira, 5 de março de 2012

SERRA: "POR QUE ÁGUIAS NÃO NASCEM POMBOS"


A eleição municipal de São Paulo, pegou fogo, pois o combustível que faltava à “maldita imprensa paulista” - era a entrada de “Bento Carneiro” - leia-se José Serra PSDB, na disputa, pois eles não aprenderam nada, com o pastel de vento que estão inflando pela enésima vez consecutiva.
O primeiro “orgasmo eleitoral” - com a entrada de Serra no páreo, veio do indefectível, Merval Pereira, aquele...do fardão, e imortal da Academia Brasileira de letras – leia no Blog do Mello - aqui - onde ele sem cerimônias, canta a bola, que agora não tem pra ninguém, e que podíamos até poupar o eleitorado da lenga, lenga de campanha, e empossar logo Serra, pois o prefeito de S. Paulo, inegavelmente será ele.
Um dos artigos mais lúcidos que li até o momento, foi o da jornalista Maria Inês Nassif, para o site Carta Maior, leia aqui - onde ela escolhe o título: “Serra não é o dono da bola” - que vou aqui, reproduzir trechos e comentar outros.
Orgasmos à parte, vamos aos comentários e transcrições:
No artigo de Maria Inês Nassif, com muito propriedade ela diz: “Ao contrário do que diz o senso comum, de que não existe páreo para José Serra nas eleições de outubro, o fato é que a candidatura do tucano está longe de ser um passeio. A aliança com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), serve para não rachar o eleitorado conservador - e era isso que o PT queria quando negociava com o prefeito a adesão à candidatura de Fernando Haddad. O PSD, todavia, não agrega voto não conservador. PSDB e PSD bebem do mesmo copo. A opção de Kassab não divide, mas também não acrescenta.”
Quero aqui, deixar claro aos leitores, que esse blogueiro, várias vezes neste espaço, se colocou contra a “abortada” aliança PT x Kassab, e deixo patente, que o PT irá carregar essa nódoa, durante toda a campanha eleitoral, pois agora será forçado a fazer oposição frontal a administração do prefeito que criticou e fez oposição durante sete ano e a malfadada aliança que fez água, sob as bênçãos de Lula.
O sonho de consumo do PT, que é tirar os tucanos de S. Paulo, cegou sua direção, enxergaram nesta aliança bizarra, uma possibilidade (sem muito esforço), de colocá-los fora daqui. Porém, num jogo político medonho, Serra e Kassab provam por que "águias não nascem pombos", ao primeiro aceno, criador e criatura se juntam, pois “amor com amor se paga”, está aí o resultado.
Aqui entra um fator preponderante, que se os marqueteiros souberem explorar poderá render dividendos a Haddad - PT: É saber dar dimensão aos atos praticados pela dupla, onde José Serra (2004), ao contrário do compromisso que assumiu por escrito e registrado em cartório que “não deixaria” o cargo de prefeito, para disputar o governo do estado (2006), e não cumpriu, virou governador, abandonou novamente o cargo, para disputar a Presidência, além de ter um livro denúncia no lombo “Privataria Tucana” de Amaury Ribeiro Jr. E Kassab, que após receber de bandeja o mandato de prefeito sem votos na urna, se reeleger, e passados sete anos de administração, terminar o mandato, com pouco mais de 20% de aprovação popular.
Como clareza, em outro trecho diz Maria Inês Nassif: “Haddad tem índices pequenos de declarações de voto nas pesquisas até agora feitas, mas jamais disputou eleição. O processo eleitoral o definirá como candidato do PT e, principalmente, de Lula. E ele não tem rejeição própria, como é o caso de Marta Suplicy, que já se expôs muito à classe média paulistana, que tem com ela grandes diferenças. A vantagem de Haddad é que, na primeira disputa eleitoral, terá apenas a rejeição que já é do seu partido. Não agregará a ela nenhuma outra que lhe seja própria. Pelos índices de rejeição exibidos até agora por Serra e Marta (que foi incluída nas pesquisas feitas até agora), isso já é uma grande vantagem.”
Agora é saber explorar as fragilidades de cada um durante a campanha, não se iludir que será uma tarefa fácil, muito menos para Serra e não se esquecer, que no meio do caminho, tem uma pedra, que é uma figura chamada Gabriel Chalita PMDB, irá correr por fora, tem carisma, sabe lidar com sua imagem diante das câmeras, e não tenham dúvidas, é o “plano B”, da imprensa conservadora paulista.
Fecho o texto, com um lembrete interessante:
Citei aqui, a nódoa que será para o PT, administrar a abortada aliança PT x Kassab, mas preparem-se, que num possível segundo turno, o partido ainda não estará livre de repetir a “bizarrice” - pois como dizem os políticos raposões: “o segundo turno, é uma outra eleição” - quem viver, verá.

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