A eleição municipal de São Paulo, pegou fogo, pois o
combustível que faltava à “maldita imprensa paulista” - era a entrada de “Bento
Carneiro” - leia-se José Serra PSDB, na disputa, pois eles não aprenderam nada,
com o pastel de vento que estão inflando pela enésima vez consecutiva.
O primeiro “orgasmo eleitoral” - com a entrada de Serra no
páreo, veio do indefectível, Merval Pereira, aquele...do fardão, e imortal da
Academia Brasileira de letras – leia no Blog do Mello - aqui - onde ele sem
cerimônias, canta a bola, que agora não tem pra ninguém, e que podíamos até
poupar o eleitorado da lenga, lenga de campanha, e empossar logo Serra, pois o
prefeito de S. Paulo, inegavelmente será ele.
Um dos artigos mais lúcidos que li até o momento, foi o da
jornalista Maria Inês Nassif, para o site Carta Maior, leia aqui - onde ela
escolhe o título: “Serra não é o dono da bola” - que vou aqui, reproduzir
trechos e comentar outros.
Orgasmos à parte, vamos aos comentários e transcrições:
No artigo de Maria Inês Nassif, com muito propriedade ela
diz: “Ao contrário do que diz o senso comum, de que não existe páreo para José
Serra nas eleições de outubro, o fato é que a candidatura do tucano está longe
de ser um passeio. A aliança com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab
(PSD), serve para não rachar o eleitorado conservador - e era isso que o PT
queria quando negociava com o prefeito a adesão à candidatura de Fernando
Haddad. O PSD, todavia, não agrega voto não conservador. PSDB e PSD bebem do
mesmo copo. A opção de Kassab não divide, mas também não acrescenta.”
Quero aqui, deixar claro aos leitores, que esse blogueiro,
várias vezes neste espaço, se colocou contra a “abortada” aliança PT x Kassab,
e deixo patente, que o PT irá carregar essa nódoa, durante toda a campanha
eleitoral, pois agora será forçado a fazer oposição frontal a administração do
prefeito que criticou e fez oposição durante sete ano e a malfadada aliança que
fez água, sob as bênçãos de Lula.
O sonho de consumo do PT, que é tirar os tucanos de S. Paulo,
cegou sua direção, enxergaram nesta aliança bizarra, uma possibilidade (sem
muito esforço), de colocá-los fora daqui. Porém, num jogo político medonho,
Serra e Kassab provam por que "águias não nascem pombos", ao primeiro
aceno, criador e criatura se juntam, pois “amor com amor se paga”, está aí o
resultado.
Aqui entra um fator preponderante, que se os marqueteiros
souberem explorar poderá render dividendos a Haddad - PT: É saber dar dimensão
aos atos praticados pela dupla, onde José Serra (2004), ao contrário do
compromisso que assumiu por escrito e registrado em cartório que “não deixaria”
o cargo de prefeito, para disputar o governo do estado (2006), e não cumpriu,
virou governador, abandonou novamente o cargo, para disputar a Presidência,
além de ter um livro denúncia no lombo “Privataria Tucana” de Amaury Ribeiro
Jr. E Kassab, que após receber de bandeja o mandato de prefeito sem votos na
urna, se reeleger, e passados sete anos de administração, terminar o mandato,
com pouco mais de 20% de aprovação popular.
Como clareza, em outro trecho diz Maria Inês Nassif: “Haddad
tem índices pequenos de declarações de voto nas pesquisas até agora feitas, mas
jamais disputou eleição. O processo eleitoral o definirá como candidato do PT
e, principalmente, de Lula. E ele não tem rejeição própria, como é o caso de
Marta Suplicy, que já se expôs muito à classe média paulistana, que tem com ela
grandes diferenças. A vantagem de Haddad é que, na primeira disputa eleitoral,
terá apenas a rejeição que já é do seu partido. Não agregará a ela nenhuma
outra que lhe seja própria. Pelos índices de rejeição exibidos até agora por
Serra e Marta (que foi incluída nas pesquisas feitas até agora), isso já é uma
grande vantagem.”
Agora é saber explorar as fragilidades de cada um durante a
campanha, não se iludir que será uma tarefa fácil, muito menos para Serra e não
se esquecer, que no meio do caminho, tem uma pedra, que é uma figura chamada
Gabriel Chalita PMDB, irá correr por fora, tem carisma, sabe lidar com sua
imagem diante das câmeras, e não tenham dúvidas, é o “plano B”, da imprensa
conservadora paulista.
Fecho o texto, com um lembrete interessante:
Citei aqui, a nódoa que será para o PT, administrar a
abortada aliança PT x Kassab, mas preparem-se, que num possível segundo turno,
o partido ainda não estará livre de repetir a “bizarrice” - pois como dizem os
políticos raposões: “o segundo turno, é uma outra eleição” - quem viver, verá.
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