(Prensa Latina) Só a décima parte dos ataques sexuais contra
mulheres no exército estadunidense são processados nos tribunais e a cada ano
milhares de casos ficam sem serem reportados, denunciou hoje uma organização
não governamental. Rebekah Havrilla, porta-voz do grupo Rede de Ação pelas
Mulheres Recrutas, assegurou que nas forças armadas dos Estados Unidos existe a
atmosfera ética de um clube de velhos machistas e muitos oficiais subestimam
queixas sobre delitos evidentes.
A ativista social recordou que durante 2011 se registraram
2.439 queixas formais por agressões sexuais contra mulheres, mas só 240
expedientes judiciais foram ativados no período.
Pesquisas anônimas entre o pessoal militar norte-americano
mostram que no mesmo ano os casos de assédio e outras incidências na realidade
poderiam atingir o número de 19 mil.
Havrilla e outros delegados da Rede exortaram ao Comitê de
Serviços Armados no Senado a iniciar uma investigação exaustiva e independente
a do Pentágono sobre o mesmo assunto.
O recém confirmado secretário de Defesa, Charles Hagel,
ordenou nesta quarta-feira revisar o caso de um general que absolveu de
acusações a um tenente coronel acusado de agressões sexuais contra pessoal
civil.
Pressionado por críticas do Congresso e de organizações pró
direitos humanos, o chefe do Pentágono reconheceu que a controvertida decisão
do general da Força Aérea Craig Franklin amerita um escrutínio da Secretária do
Exército.
Há um mês Franklin deixou sem efeito a sentença de um ano de
cárcere ditada por um tribunal militar contra o oficial James Wilkerson,
expulso das forças armadas depois de ser condenado com três acusações judiciais
por molestar subordinadas.
As agressões sexuais contra mulheres soldados aumentaram 23
por cento dentro das academias militares dos Estados Unidos durante 2012,
confirmou um reporte do Pentágono.
Nenhum comentário:
Postar um comentário