Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Documento contra a violência contra as mulheres deveria ser
assinado no berço, afirma Lula em assinatura de campanha da ONU
O ex-presidente Lula assinou nesta segunda-feira (11) o termo
de adesão à Rede de Homens Líderes da Campanha do Secretário-Geral da ONU, Ban
Ki-moon, “Una-se – Pelo fim da violência contra as mulheres”. A cerimônia de
assinatura aconteceu no Instituto Lula e contou com a presença de Dona Marisa
Letícia e de diversas autoridades ligadas à luta pelo fim da violência contra a
mulher.
“Deveria ser um documento assinado no berço, quando se nasce.
É quase uma coisa que deveria estar no nosso DNA”, afirmou Lula sobre o documento
sobre o fim da violência contra à mulher. A rede a que ele aderiu foi criada
pelo secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, em 2010, e reúne homens que tem um
papel de liderança importante no mundo, segundo Rebecca Tavares, representante
da ONU Mulheres no Brasil.
Rebecca ressaltou que a violência contra a mulher ainda é
aceita em muitas culturas. Ela citou uma pesquisa feita no Butão em que 70% das
mulheres consideram que o homem pode bater na mulher se ela queimar a comida.
“Nós temos que mudar o pensamento e a cultura não somente dos homens, mas
também das mulheres, dos jovens, das crianças”, ressaltou ela. Ela disse ainda
estar muito honrada de ter o ex-presidente Lula como membro da rede.
Lula enfatizou também de campanhas para que as mulheres
saibam dos mecanismos que têm para denunciar seus agressores e da proteção que
podem ter. A secretaria de Políticas para as mulheres da Prefeitura de São
Paulo, Denise Dau, falou das primeiras ações da recém-criada secretaria, entre
elas uma cartilha de informação para as mulheres sobre como agir em caso de
violência.
Estiveram presentes também Tatau Godinho, representando a
ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a primeira-dama de São
Paulo, Ana Estela Haddad, a secretária adjunta de políticas para as mulheres da
Prefeitura de São Paulo, Juliana Borges, Juvandia Moreira, presidente do
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Márcia Lopes, conselheira do Instituto
Lula e ex-ministra do desenvolvimento social e combate à fome, Ana Nice Marins
de Carvalho, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Clara Ant, diretora do
Instituto Lula e Inês Nassif, coordenadora de comunicação do instituto.
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