Fernando Rodrigues é um inteligente articulista da Folha de
São Paulo. Ele afirma que a democracia aperfeiçoou a publicidade criada na
ditadura (27/02/2013, página A10). Confunde propositadamente a propaganda
ufanista da ditadura militar do “Brasil Grande” com a publicidade pós
Constituição de 1988, que considera uma obrigação do governo informar os
cidadãos.
O inacreditável é que, em tom de reclamação, informa que
quando Lula assumiu 499 veículos da mídia estavam habilitados a receber
propaganda federal. Em 2011 já eram 8.519 veículos da mídia. Ele cita o fato de
o PT ter democratizado a distribuição das verba publicitária.
Mas questiona: O Brasil
precisa mesmo gastar mais de R$ 1 bilhão em propaganda ao ano?
Será que os veículos de pequeno porte pelo país afora
conseguem se manter independentes quando a fonte de suas receitas é
majoritariamente estatal?
As duas perguntas revelam a verdadeira intenção de sua
“análise”. Ele fala pela mídia hegemônica, ele fala como porta voz das famílias
proprietárias daqueles 499 veículos que sempre mamaram nas verbas dos governos.
Os grandes veículos da mídia estão revoltados com a
democratização da distribuição das verbas de propaganda, nos dois governos Lula
e agora com Dilma Rousseff. Eles querem exclusividade.
Acham um absurdo o
governo Dilma e os governos Lula terem dividido o “dinheiro deles”. Isso
explica porque a mídia ataca sistematicamente o PT, Lula e Dilma.
Até parece que o jornalista Fernando Rodrigues não sabe de
onde sai o salário que a Folha lhe paga. Não é também da publicidade oficial?
posted by Oldack Miranda
Nenhum comentário:
Postar um comentário