Liga Internacional da Mulheres, 1922.
Semana da Mulher - 8 de Março: conquistas e controvérsias
Fonte: Abendi
O Dia Internacional da Mulher foi proposto por Clara Zetkin
em 1910 no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas. Nos anos
posteriores a 1970 este Dia passou a ser associado a um incêndio que ocorreu em
Nova Iorque em 1911. Neste artigo procuro recuperar a história do Dia 8 de
Março, procuro as distorções que tem sido feitas sobre ele e sobre a luta
feminista.
O dia 8 de março é dedicado à comemoração do Dia
Internacional da Mulher. Atualmente tornou-se uma data um tanto festiva, com
flores e bombons para uns. Para outros é relembrada sua origem marcada por
fortes movimentos de reivindicação política, trabalhista, greves, passeatas e
muita perseguição policial. É uma data que simboliza a busca de igualdade
social entre homens e mulheres, em que as diferenças biológicas sejam
respeitadas mas não sirvam de pretexto para subordinar e inferiorizar a mulher.
As mulheres faziam parte das "classes perigosas"
No século XIX e no início do XX, nos países que se
industrializavam, o trabalho fabril era realizado por homens, mulheres e
crianças, em jornadas de 12, 14 horas, em semanas de seis dias inteiros e
freqüentemente incluindo as manhãs de domingo. Os salários eram de fome, havia
terríveis condições nos locais da produção e os proprietários tratavam as
reivindicações dos trabalhadores como uma afronta, operárias e operários
considerados como as "classes perigosas". Sucediam-se as
manifestações de trabalhadores, por melhores salários, pela redução das
jornadas e pela proibição do trabalho infantil.
A cada conquista, o movimento operário iniciava outra fase de
reivindicações, mas em nenhum momento, até por volta de 1960, a luta sindical
teve o objetivo de que homens e mulheres recebessem salários iguais, pelas
mesmas tarefas. As trabalhadoras participavam das lutas gerais mas, quando se
tratava da igualdade salarial, não eram consideradas. Alegava-se que as
demandas das mulheres afetariam a "luta geral", prejudicariam o
salário dos homens e, afinal, as mulheres apenas "completavam" o
salário masculino.
Subjacente aos grandes movimentos sindicais e políticos
emergiam outros, construtores de uma nova consciência do papel da mulher como
trabalhadora e cidadã. Clara Zetkin, Alexandra Kollontai, Clara Lemlich, Emma
Goldman, Simone Weil e outras militantes dedicaram suas vidas ao que
posteriormente se tornou o movimento feminista.
Clara Zetkin (1857-1933), alemã, membro do Partido Comunista
Alemão, deputada em 1920, militava junto ao movimento operário e se dedicava à
conscientização feminina. Fundou e dirigiu a revista Igualdade, que durou 16
anos (1891-1907).
Líderes do movimento comunista como Clara Zetkin e Alexandra
Kollontai ou anarquistas como Emma Goldman lutavam pelos direitos das mulheres
trabalhadoras, mas o direito ao voto as dividia: Emma Goldman afirmava que o
direito ao voto não alteraria a condição feminina se a mulher não modificasse
sua própria consciência.
Ao participar do II Congresso Internacional de Mulheres
Socialistas, em Copenhagem, em 1910, Clara Zetkin propôs a criação de um Dia
Internacional da Mulher sem definir uma data precisa.. Contudo, vê-se
erroneamente afirmado no Brasil e em alguns países da América Latina que Clara
teria proposto o 8 de Março para lembrar operárias mortas num incêndio em Nova
Iorque em 1857. Os dados a seguir demonstram que os fatos se passaram de
maneira diferente.
O movimento operário nos Estados Unidos
Assim como na Europa, era intenso o movimento trabalhador nos
Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX, sobretudo nos setores da
produção mineira e ferroviária e no de tecelagem e vestuário.
A emergente economia industrial norte-americana, muito instável,
era marcada por crises. Nesse contexto, em 1903 formou-se, pela ação de
sufragistas e de profissionais liberais, a Women’s Trade Union League para
organizar trabalhadoras assalariadas. Com as crises industriais de 1907 e 1909
reduziu-se o salário dos trabalhadores, e a oferta de mão-de-obra era imensa,
dada a numerosa imigração proveniente da Europa. Grande parte dos operários e
operárias era de imigrantes judeus, muitos com um passado de militância
política.
No último domingo de fevereiro de 1908, mulheres socialistas
dos Estados Unidos fizeram uma manifestação a que chamaram Dia da Mulher,
reivindicando o direito ao voto e melhores condições de trabalho. No ano
seguinte, em Manhatan, o Dia da Mulher reuniu 2 mil pessoas.
Problemas muito conhecidos do operariado latino-americano
impeliam trabalhadores e trabalhadoras a aderir às manifestações públicas por
salários e pela redução do horário de trabalho. Embora o setor industrial
tivesse algumas grandes empresas, predominavam as pequenas, o que dificultava a
agregação e unicidade das reivindicações. O movimento por uma organização
sindical era intenso e liderado no setor de confecções e vestuário por
trabalhadores judeus com experiência política sindical, especialmente da União
Geral dos Trabalhadores Judeus da Rússia e da Polônia (Der Alguemayner
Yiddisher Arbeterbund in Russland un Poyln - BUND).
Para desmobilizar o apelo das organizações e controlar a
permanência dos trabalhadores/as, muitas fábricas trancavam as portas dos
estabelecimentos durante o expediente, cobriam os relógios e controlavam a ida
aos banheiros. Mas as difíceis condições de vida e os baixíssimos salários eram
forte incentivo para a presença de operários e operárias nas manifestações em
locais fechados ou na rua.
Uma das fábricas, a Triangle Shirtwaist Company (Companhia de
Blusas Triângulo), para se contrapor à organização da categoria, criou um
sindicato interno para seus trabalhadores/as. Em outra fábrica, algumas
trabalhadoras que reclamavam contra as condições de trabalho e salário foram
despedidas e pediram apoio ao United Hebrew Trade, Associação de Trabalhadores
Hebreus. Então as trabalhadoras da Triangle quiseram retirar alguns recursos do
sindicato interno para ajudar as companheiras mas não o conseguiram. Fizeram
piquetes na porta da Triangle, que contratou prostitutas para se misturarem às
manifestantes, pensando assim dissuadi-las de seus propósitos. Ao contrário, o
movimento se fortaleceu.
Uma greve geral começou a ser considerada pelo presidente da
Associação dos Trabalhadores Hebreus, Bernardo Weinstein, sempre com o objetivo
de melhorar as condições de trabalho da indústria de roupas. A idéia se
espalhou e, em 22 de novembro de 1909, organizou-se uma grande reunião na
Associação dos Tanoeiros liderada por Benjamin Feigenbaum e pelo Forward. A
situação era extremamente tensa e, durante a reunião, subitamente uma
adolescente, baixa, magra, se levantou e pediu a palavra: "Estou cansada
de ouvir oradores falarem em termos gerais. Estamos aqui para decidir se
entramos em greve ou não. Proponho que seja declarada uma greve geral
agora!" . A platéia apoiou de pé a moção da jovem Clara Lemlich.
Política e etnia
No movimento dos trabalhadores as relações étnicas tinham
peso fundamental, razão pela qual, para garantir um compromisso com a greve,
Feigenbaum usou um argumento de extraordinária importância religiosa para os
judeus. Ele perguntou à assembléia: "Vocês se comprometerão com o velho
mandamento judaico?" Uma centena de mãos se ergueram e todos gritaram:
"Se eu esquecer de vós, ó Jerusalém, que eu perca minha mão direita".
Era um juramento de que não furariam a greve.
Cerca de 15 mil trabalhadores do vestuário, a maioria moças,
entraram em greve, provocando o fechamento de mais de 500 fábricas. Jovens
operárias italianas aderiram, houve prisões, tentativas de contratar novas
trabalhadoras, o que tornou o clima muito tenso. A direção da greve ficou com a
Associação dos Trabalhadores Hebreus e com o Sindicato Internacional de
Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras (International Ladies’ Garment
Workers’ Union - ILGWU).
À medida que as grandes empresas cederam algumas
reivindicações, a greve foi se esvaziando e se encerrou em 15 de fevereiro de
1910 depois de 13 semanas.
O incêndio
Pouco tinha sido alterado, sobretudo nas fábricas de pequeno
e médio porte, e os movimentos reivindicatórios retornaram. A reação dos
proprietários repetia-se: portas fechadas durante o expediente, relógios
cobertos, controle total, baixíssimos salários, longas jornadas de trabalho.
O dia 25 de março de 1911 era um sábado, e às 5 horas da
tarde, quando todos trabalhavam, irrompeu um grande incêndio na Triangle
Shirtwaist Company, que se localizava na esquina da Rua Greene com a Washington
Place. A Triangle ocupava os três últimos de um prédio de dez andares. O chão e
as divisórias eram de madeira, havia grande quantidade de tecidos e retalhos, e
a instalação elétrica era precária. Na hora do incêndio, algumas portas da
fábrica estavam fechadas. Tudo contribuía para que o fogo se propagasse rapidamente.
A Triangle empregava 600 trabalhadores e trabalhadoras, a
maioria mulheres imigrantes judias e italianas, jovens de 13 a 23 anos. Fugindo
do fogo, parte das trabalhadoras conseguiu alcançar as escadas e desceu para a
rua ou subiu para o telhado. Outras desceram pelo elevador. Mas a fumaça e o
fogo se expandiram e trabalhadores/as pularam pelas janelas, para a morte.
Outras morreram nas próprias máquinas. O Forward publicou terríveis depoimentos
de testemunhas e muitas fotos.
Morreram 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, na maioria
judeus.
A comoção foi imensa. No dia 5 de abril houve um grande
funeral coletivo que se transformou numa demonstração trabalhadora. Apesar da
chuva, cerca de 100 mil pessoas acompanharam o enterro pelas ruas do Lower East
Side. No Cooper Union falou Morris Hillquit e no Metropolitan Opera House, o
rabino reformista Stephen Wise.
A tragédia teve conseqüências para as condições de segurança
no trabalho e sobretudo serviu para fortalecer o ILGWU.
Para autores como Sanders, todo o processo, desde a greve de
1909, mais o drama do incêndio da Triangle, acabou fortalecendo o
reconhecimento dos sindicatos. O ILGWU, de conotação socialista e um dos braços
mais ‘radicais’ do American Federation of Labour (AFL), se tornou o maior e mais
forte dos Estados Unidos naquele momento.
Atualmente no local onde se deu o incêndio foi construída a
Universidade de Nova Iorque . Uma placa, lembrando o terrível episódio, foi lá
colocada:
"Neste lugar, em 25 de março de 1911, 146 trabalhadores
perderam suas vidas no incêndio da Companhia de Blusas Triangle. Deste martírio
resultaram novos conceitos de responsabilidade social e legislação do trabalho
que ajudaram a tornar as condições de trabalho as melhores do mundo
(ILGWU)".
Mulheres e movimentos sociais
No século XX, as mulheres trabalhadoras continuaram a se
manifestar em várias partes do mundo: Nova Iorque, Berlim, Viena (1911); São
Petersburgo (1913). Causas e datas variavam. Em 1915, Alexandra Kollontai
organizou uma reunião em Cristiana, perto de Oslo, contra a guerra. Nesse mesmo
ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher. Em 8 de março 1917 (23 de
fevereiro no Calendário Juliano), trabalhadoras russas do setor de tecelagem
entraram em greve e pediram apoio aos metalúrgicos. Para Trotski esta teria
sido uma greve espontânea, não organizada, e teria sido o primeiro momento da
Revolução de Outubro.
Na década de 60, o 8 de Março foi sendo constantemente
escolhido como o dia comemorativo da mulher e se consagrou nas décadas
seguintes. Certamente esta escolha não ocorreu em conseqüência do incêndio na
Triangle, embora este fato tenha se somado à sucessão de enormes problemas das
trabalhadoras em seus locais de trabalho, na vida sindical e nas perseguições
decorrentes de justas reivindicações.
Lenin: o que importava era a política de massas e não o
direito das mulheres
Mulheres e homens jovens tinham muitas outras preocupações
além das questões trabalhistas e do sistema político. Nem sempre a liderança
comunista entendia essas necessidades, como foi o caso de Lenin e de muitos
outros líderes. Em seu Diário, Clara Zetkin relata o que ouvira do camarada e
amigo Lenin, ao visitá-lo no Kremlin, em 1920. Lenin lamentava o descaso pelo
Dia Internacional da Mulher que ela propusera em Copenhagem, pois este teria
sido um oportuno momento para se criar um movimento de ‘massa’,
internacionalizar os propósitos da Revolução de 17, agitar mulheres e jovens.
Para alcançar este objetivo, afirmava ele, era necessário
discutir exclusivamente os problemas políticos e não perder tempo com aquelas
discussões que os jovens trabalhadores traziam para os grupos políticos, como
casamento e sexo. Lenin estendia suas críticas ao trabalho de Rosa Luxemburgo
com prostitutas: "Será que Rosa Luxemburgo não encontrava trabalhadores
para discutir, era necessário buscar as prostitutas?"
Esta visão de Lenin fez escola na esquerda. A experiência do
‘amor livre’ nos primeiros anos pós-Revolução trouxe enormes conflitos que
levaram à restauração do sistema de família regulamentado pelo contrato civil.
Temas relativos ao corpo, à sexualidade, à reprodução humana, relação afetiva
entre homens e mulheres, aborto, só foram retomados 40 anos mais tarde pelo
movimento feminista.
O 8 de Março no Brasil
No Brasil vê-se repetir a cada ano a associação entre o Dia
Internacional da Mulher e o incêndio na Triangle quando na verdade Clara Zetkin
o tenha proposto em 1910, um ano antes do incêndio. É muito provável que o
sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo
da luta das mulheres. Mas o processo de instituição de um Dia Internacional da
Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e européias há
algum tempo e foi ratificado com a proposta de Clara Zetkin.
Nas primeiras décadas do século XX, o grande tema político
foi a reivindicação do direito ao voto feminino. Berta Lutz, a grande líder
sufragista brasileira, aglutinou um grupo de mulheres da burguesia para
divulgar a demanda. Ousadas, espalharam de avião panfletos sobre o Rio de
Janeiro, pedindo o voto feminino, no início dos anos 20! Pressionaram deputados
federais e senadores e se dirigiram ao presidente Getúlio Vargas. Afinal, o
direito ao voto feminino foi concedido em 1933 por ele e garantido na
Constituição de 1934. Mas só veio a ser posto em prática com a queda da
ditadura getulista - só então foram restabelecidas as eleições - , e as
mulheres brasileiras votaram pela primeira vez em 1945.
Berta Lutz - 1925, grande lider sufragista brasileira
Em 1901, as operárias, que juntamente com as crianças
constituíam 72,74% da mão-de-obra do setor têxtil, denunciavam que ganhavam
muito menos do que os homens e faziam a mesma tarefa, trabalhavam de 12 a 14
horas na fábrica e muitas ainda trabalhavam como costureiras, em casa. Como
mostra Rago, a jornada era de umas 18 horas e as operárias eram consideradas
incapazes física e intelectualmente. Por medo de serem despedidas, submetiam-se
também à exploração sexual.
Os jornais operários, especialmente os anarquistas,
reproduziam suas reclamações contra a falta de higiene nas fábricas, o assédio
sexual, as péssimas condições de trabalho, a falta de pagamento de horas
extras, um sem número de abusos. Para os militantes operários, a fábrica era um
local onde as mulheres facilmente se prostituíam, daí reivindicarem a volta das
mulheres para casa. Patrões, chefes e empregados partilhavam dos mesmos
valores: olhavam as trabalhadoras como prostitutas.
Entre as militantes das classes mais altas, a desqualificação
do operariado feminino não era muito diferente: partilhavam a imagem
generalizada de que operárias eram mulheres ignorantes e incapazes de produzir
alguma forma de manifestação cultural. A distância entre as duas camadas
sociais impedia que as militantes burguesas conhecessem a produção cultural de
anarquistas como Isabel Cerruti e Matilde Magrassi, ou o desempenho de Maria
Valverde em teatros populares como o de Arthur Azevedo.
Como as anarquistas americanas e européias, as brasileiras
(imigrantes ou não) defendiam a luta de classes mas também o divórcio e o amor
livre, como escrevia A Voz do Trabalhador de 1° de fevereiro de 1915: "Num
mundo em que mulheres e homens desfrutassem de condições de igualdade... Vivem
juntos porque se querem, se estimam no mais puro, belo e desinteressado
sentimento de amor".
A distinção entre anarquistas e comunistas foi fatal para uma
eventual aliança: enquanto as comunistas lutavam pela implantação da
"ditadura do proletariado", as anarquistas acreditavam que o sistema
partidário reproduziria as relações de poder, social e sexualmente
hierarquizadas.
No PC a diferenciação de gênero continuava marcante: as
mulheres se encarregavam das tarefas ‘femininas’ na vida quotidiana do Partido.
Extremamente ativas, desenvolveram ações externas de organização sem ocupar
qualquer cargo importante na hierarquia partidária. Atuavam, por exemplo, junto
a crianças das favelas ou dos cortiços, organizavam colônias de férias, supondo
que poderiam ensinar às crianças novos valores.
Zuleika Alembert, a primeira mulher a fazer parte da alta
hierarquia do PC, eleita deputada estadual por São Paulo em 1945, foi expulsa
do Partido quando fez críticas feministas denunciando a sujeição da mulher em
seu próprio partido.
O feminismo dos anos 60 e 70 veio abalar a hierarquia de
gênero dentro da esquerda. A luta das mulheres contra a ditadura de 1964 uniu,
provisoriamente, as feministas e as que se autodenominavam membros do
‘movimento de mulheres’. A uni-las, contra os militares, havia uma data: o 8 de
Março. A comemoração ocorria através da luta pelo retorno da democracia, de
denúncias sobre prisões arbitrárias, desaparecimentos políticos.
A consagração do
direito de manifestação pública veio com o apoio internacional – a ONU
instituiu, em 1975, o 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher.
Entrou-se numa nova etapa do feminismo. Mas velhos
preconceitos permaneceram nas entrelinhas. Um deles talvez seja a confusa
história propalada do 8 de Março, em que um antiamericanismo apagava a luta de
tantas mulheres, obscurecendo até mesmo suas origens étnicas.
Por Eva Alterman Blay:
Profª Titular de Sociologia da Universidade de São Paulo.
Coordenadora Científica do NEMGE (Núcleo de estudos da Mulher e Relações
Sociais de Gênero) da USP. Autora de Trabalho Domesticado - a mulher na
indústria paulista (Ática, 1978); As Prefeitas, Avenir (s/d), e outros livros e
artigos sobre gênero, habitação operária, participação política. Foi Senadora
da República entre 1992/1994.
Posted Paulo Cavalcanti
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